Sindicato denuncia sobrecarga de trabalho em agências bancárias da Paraíba e pede fiscalização urgente

Sindicalistas solicitam da Superintendência do Trabalho fiscalização presencial nas agências. Sapé, Rio Tinto e Mamanguape têm o maior número de reclamações

Foto de capa: Josivaldo Ribeiro, Elário Martins, Paulo Marcelo, Jorge Galdino e Mauro Luna

Representantes da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários no Estado da Paraíba (FEEB-PB) e do Sindicatos dos Bancários de Mamanguape e Região (Sindbamar) foram recebidos na manhã desta quarta-feira (05) pelo superintende regional do trabalho, Paulo Marcelo de Lima e pelo auditor fiscal do trabalho, Mauro Luna, para tratar de fiscalização “in loco” de agências bancárias que estão com o quadro de funcionários reduzidos, prejudicando o atendimento ao público e sobrecarregando os trabalhadores desses estabelecimentos.

Sindicalistas Elário Martins e Jorge Galdino

A reunião aconteceu na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Paraíba, em João Pessoa, quando Elário Martins Tomaz e Jorge Galdino de Almeida, dirigentes do Sindbamar, e Josivaldo Ribeiro, representante da FEEB-PB relataram problemas como falta de funcionários, jornada de trabalho, cobranças de metas, reclamações de clientes e outros problemas identificados.

Na ocasião, também foi firmado um acordo para que a entidade promovesse fiscalização presencial nas agências bancárias. A base do Sindbamar abrange 9 municípios, dentre eles Sapé, Mamanguape e Rio Tinto, municípios esses com maior população e onde concentram-se mais reclamações de cliente e funcionários na região.

Mesmo diante das alegações de falta de verbas e de pessoal na Superintendência do Trabalho, um esforço concentrado deverá resultar em fiscalizações presenciais em agências do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco e Banco do Nordeste. Também poderá haver fiscalização à distância, de forma virtual, quando se apuram dados do próprio sistema bancário.

Os bancários se queixam que, em algumas agências, o quadro de funcionários caiu pela metade, mas o volume de atendimento só vem aumentando e a cobranças por metas continuam inalteradas.

“Nossa agência está com atendimento contingenciado, temos que escolher quais clientes serão atendidos no interior da agência e nossa preocupação é com idosos, que não têm afinidade com os canais digitais e precisam de atendimento presencial e prioritário, e com o retorno da prova de vida de aposentados e pensionistas do INSS, que deve demandar ainda mais da agência”, disse um funcionário do Banco do Brasil que não quis ser identificado.

O sindicato também irá procurar órgãos como o Ministério Público da Paraíba, Procon e até a justiça para denunciar a sobrecarga de trabalho com a redução do quadro funcional e outras denúncias da categoria. O presidente do sindicato, Elário Martins Tomaz, disse que "isso não é um problema que atinge apenas Mamanguape e Região e sim toda a Paraíba".

Da direção do Sindbamar.

RESUMO:

As reclamações nas cidades de Sapé, Mamanguape e Rio Tinto envolvem:

- Redução drástica do quadro de funcionários, gerando filas extensas e demora no atendimento;

- Metas abusivas impostas aos bancários, que afetam a saúde mental e aumentam o risco de assédio moral;

- Atendimento precário a idosos e aposentados, que enfrentam dificuldades com acessibilidade e suporte nos caixas eletrônicos.

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